sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

11 de Janeiro, Dia Internacional do Obrigado


Hoje, 11 de Janeiro, é o Dia Internacional do Obrigado, uma data de apaziguamento e de olhar para os outros, os que estão, estiveram e com quem queremos vir a estar. Assinalando o dia, alguns obrigados:
Obrigado a minha mãe, que partiu faz hoje 7 meses, pelo exemplo de vida, valores e forte conceito de família e união, o qual soube transmitir a filhos e netas, para sempre estando presente na nossa memória e coração.
Obrigado àqueles que lutaram e lutam por uma sociedade mais justa, caindo e logo erguendo-se num percurso interminável de afirmação de que livre o homem nasceu e livre terá de viver, nem que para isso tenha de morrer.
Obrigado aos que praticam a solidariedade sem laivos de caridadezinha, aos que partilham o pão, alcançam roupa, dão o peixe e ensinam a pescar, anónimos na viela de zombies em que nos querem transformar e a que não cederemos, nem que seja gritando.
Obrigado aos que pela arte e sem verbas sonham pensando e pensam sonhando, mudando os quotidianos, gritando a liberdade sobre a forma de cultura, ciência, expressões artísticas e sonhos feitos palavra, som e imagem.
Obrigado aos amigos que souberam ver na amizade partilha, controvérsia, lealdade e ombro certo, mais que fogos fátuos efémeros e eivados de interesses momentâneos ou aproveitamentos parasitas.
Obrigado aos que servem sem se servirem, ajudam sem esperar retorno, acreditam quando todos descrêem, dão passos em frente sem temer os precipícios, movidos pela ideia de que a felicidade individual é o fim último e a felicidade colectiva um fim necessário, e para tanto fomos feitos animais com a capacidade de rir e chorar, de dar sentido ao amor e fazer guerra pelos piores motivos, muitas vezes comezinhos.
Obrigado aos professores de coração destroçado, aos bombeiros que, generosos apagam fogos, aos músicos que dão som às almas, aos escribas que esgrimem com a palavra, aos homens bons que nos campos se regem pelo sol e pelas chuvas, escutando os pássaros e o crepitar de lareiras.
A todos e até aos que nada fazem, obrigado, pois a esses também suscitam noutros a vontade de fazer, e lembrar diariamente que vivemos obras incompletas e que, ao chegarmos ao fim, outros pegarão no baú dos nossos sonhos e o continuarão, com outros ritmos, códigos e roupagens, mas, como sempre desde o início dos tempos, aflitos, como aflita é a arte de viver.
Obrigado!

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